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quarta-feira, 25 de abril de 2012


Paz e amor entre os homens

“Quando a Lua estiver na sétima casa
E Júpiter se alinhar com Marte,
Então a paz guiará os planetas
E o amor dirigirá as estrelas.
Este é o alvorecer da Era de Aquário.”

(A Era de Aquário – da peça Hair, música gravada por The Mammas and the Papas)



A Era de Aquário, a Idade do Ouro, Shangrilá e outras tantas criações do espírito humano apontam para uma época, passada ou futura, em que o amor determina as relações entre as pessoas que viverão em harmonia e compreensão.
A busca da justiça, seja pela ação de um soberano sábio que decida com perfeição as disputas particulares, seja pela submissão de todos ao império da fraternidade, é a principal tarefa nas sociedades humanas. Tarefa nunca realizada porque o homem sempre antepõe ao interesse comum o seu particular, justo ou não.
O rei Salomão e Jesus, o filho do operário, são exemplos bíblicos de líderes, que realizou a justiça um e pregou em favor da fraternidade o outro. As declarações dos direitos humanos, na Revolução francesa e no pós Segunda Guerra Mundial, são exemplos recentes de definição de regras a serem cumpridas pelas sociedades civilizadas modernas, tendo por fim a convivência respeitosa e justa.
Além das ações políticas organizadas visando o império da justiça entre os homens, há o sempre renovado anseio pela felicidade em sociedade expresso pelos artistas em suas criações. A Divina Comédia, de Dante Alighieri, apresenta um panorama das misérias e do sublime em que vive a alma humana; o poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, expõe a desgraça do homem explorado e miserável; a música Jesus Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach, exalta a fé na recompensa divina para os homens de boa vontade; e tantos outros exemplos da criação do gênio humano mostram o valor da paz e da justiça, sempre frustradas e procuradas.
A Maçonaria, sendo uma instituição que abriga mistérios e alegorias, que desenvolve seus trabalhos em rituais específicos e que oferece oportunidade a seus adptos de elevar sua consciência a planos cuja realidade se torna incomunicável, como se para tanto faltassem palavras, como se elas estivessem perdidas, afirma seu objetivo de um modo simples e insofismável: “Fazer feliz a humanidade”. Simples e belo, como toda obra de arte clássica. A Maçonaria apresenta como seu objetivo principal aquele que inspira desde sempre na história humana à busca do ideal, talvez impossível, de realização da promessa da era de aquário, quando a paz guiará os planetas e o amor dirigirá as estrelas.
Com este objetivo, a Ordem Maçônica se torna também uma instituição devotada à busca da paz e do amor para uma sociedade perfeita que somente existirá quando também as promessas da Era de Aquário se concretizarem, quando Shangrilá for mais que um anseio, quando os homens viverem em união, “harmonia e concórdia e aumento de salário não tiver briga nem discórdia”.[1]
Mesmo sendo uma quimera, uma utopia, deve ser mantido vivo o objetivo grandioso da Ordem. Sem ele, ficamos com a realidade rude do irmão que destrói ou subjuga seu irmão, ficamos sob o controle explícito ou dissimulado da maioria por uma minoria poderosa e egoísta. Se compararmos o que se faz efetivamente na sociedade e na Ordem, com a quimera do “Fazer feliz a humanidade”, ficaremos conscientes da distância entre o sonhado e o real e aí, talvez, nos incomodemos um pouco com a realidade do egoísmo e da indiferença reinantes.
Robson de Barros Granado (M.´. I.´. da A.´. R.´. L.´. M.´. Stanislas de Guaíta 165 - GLMERJ). Publicado na edição 318 da Folha Maçônica, em 15 de outubro de 2011.


[1] Trecho de “Acácia Amarela”. Música do Irmão Luiz Gonzaga

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