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quarta-feira, 25 de abril de 2012


Independência do Brasil



Trabalho apresentado pelo Ir.: AP.:M.: Thiago Hot Pereira de Faria.
Augusta e Respeitável Loja SimbólicaSabedoria Estabilidade e Poder nº 2454.


1.    Introdução
Ao apresentar um trabalho que trate do assunto Independência do Brasil e correlaciona-lo com a Maçonaria, depara-se com um grande número de material bibliográfico tanto do mundo maçom quanto do profano, o que dificulta a delimitação da dissertação a ser feita. Foi utilizado como metodologia, uso estritamente de material bibliográfico e o trabalho se dividiu em três momentos: Visão histórica geral da Independência do Brasil, A presença da Maçonaria neste evento, Expoentes maçons na Independência do Brasil.

2.    Visão Histórica
Em virtude de sua condição de colônia, o Brasil desde sua descoberta em 1500 foi explorado por Portugal, sua Metrópole, não podendo expressar assim, nenhum tipo de liberdade, quer seja política, ideológica, econômica e administrativa.
Com o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, não demorou para que um sentimento de descontentamento invadisse os peitos dos residentes desta, culminando em revoltas isoladas denominadas de Movimentos Nativistas, idealizados por uma necessidade de liberdade. Destacam-se dentre esses movimentos Revolta de Backman no Maranhão; Revolta de Felipe dos Santos em Vila Rica; Conjuração Mineira, Revolução Farroupilha, Revolta dos Alfaiates dentre outros.
Foi necessário que houvesse a união entre os “filhos da terra”, nascidos no pais, com os mestiços, os negros, os índios catequizados e os brancos europeus para tentar defender o território brasileiro das invasões sofridas no século XVIII com destaque as invasões holandesas. Tais progressos geraram na população colonial um desejo de emancipação, ainda que de modo local não generalizado entre províncias. Tais movimentos emancipacionistasnos finais do século XVIII e início do XIX deram início à guerra de independência.
Em 16 de dezembro de 1815, o Brasil foi elevado a condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, o que gerou certa autonomia administrativa na colônia. Com isso, a colônia obteve um progresso célere, principalmente em virtude de sua riqueza natural.
Com medo de uma emancipação política do Brasil ocasionada pelo crescente desenvolvimento e nacionalismo, a corte portuguesa tentou uma reação a tudo que havia fundado no Brasil e determinava que D. Pedro regressasse a Portugal. Tal situação foi sintetizada nas palavras de Rocha Martins na obra“A Independência do Brasil”:
“Era uma situação singular de regresso ao período colonial, uma medida irritante, despótica, só própria para ferir as suscetibilidades brasileiras”.
Uma manifestação realizada por liberais radicais reuniu cerca de oito mil assinaturas a pedindo a permanência do príncipe. Em 09 de janeiro de 1822 o príncipe regente D. Pedro de Alcântara, foi contra as ordens emanadas de Portugal para que voltasse para a Europa, esta data ficou conhecida como “Dia do Fico”, onde foi declarado publicamente: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".
O processo de revoltas emancipacionistas, até seu culminar na separação da Colônia de sua Metrópole em 1822, denomina-se Independência do Brasil. Na visão historiográfica romântica do sec. XIX foi escolhido o dia 07 de setembro para comemorar o momento da emancipação política brasileira. Segundo a historiografia clássica do Brasil, foi nesta data que, às Margens do rio Ipiranga o Príncipe regente D. Pedro de Alcântara bradou o denominado “Grito do Ipiranga”, correspondente a “Independência ou Morte”.
A data comemorada oficialmente é 7 de setembro de 1822. Outras datas consideradas historiograficamente para a Independência, embora menos populares são: a data da coroação do Imperador (1 de dezembro de 1822) ou mesmo a do reconhecimento da Independência por Portugal e pela Grã-Bretanha (29 de agosto de 1825).
Quando os pesquisadores consultam os jornais de 1822, não encontram nenhuma referência ao "Grito do Ipiranga. Essa questão foi pesquisada pela historiadora Maria de Lourdes Viana Lyra, titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e publicadas em 1995. A conclusão desse estudo indica que o "grito" foi uma construção a posteriori, contribuindo na criação do imaginário popular, e que acabou consolidado no quadro (encomendado) de Pedro Américo, produto da fértil imaginação do pintor, onde, entre outras incoerências, mostra D. Pedro cercado pela Guarda Imperial, antes dele ser proclamado Imperador.


3.    Maçonaria e a Independência do Brasil
Em todos os Movimentos Nativistas a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes, de caráter maçônico tais como: "Cavaleiros das Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa da Paraíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons.
Além disso os maçons muito contribuíram na propagação de ideais libertários, quer sejam em suas lojas maçônicas, quer seja nos partido políticos, nas reuniões dos movimentos separatistas, como também em jornais, musicas, artigos e todos os meios de comunicação que a época disponibilizava. Assim, a Maçonaria inflamava o movimento emancipador, fazendo agigantar-se a consciência nacional e despertar o anseio já incontido de ver surgir um Brasil livre.
A Maçonaria foi fundamental para que a Independência culminasse, tendo visto sua participação em todas essas lutas. Oque pode ser observado segundo palavras do historiador Assis Cintra na obra “Na Margem da História”:
“a independência era fatal, era um fruto maduro pendente da árvore, prestes a ser colhido. Em todos os recantos fervilhava o ardor patriótico. Nas Lojas Maçônicas, generais, doutores, juizes, almirantes, funcionários públicos, capitalistas, fazendeiros, artífices e até padres dos mais ilustres desse tempo, conspiravam” (v. “Na Margem da História”).
Na obra de Mário Melo “A Maçonaria no Brasil”, pode-se observar que não havia Iniciações nas Lojas Maçônicas sem que fosse conhecida sua opinião sobre a Independência do Brasil, além disso, todos os candidatos deveriam assinar um termo se comprometendo a defendê-la.
Muitos foram os eventos que a maçonaria se fez presente nos períodos da Independência do Brasil, muitos foram também os irmãos que dessa participaram, não sendo possível arrolar aqui todos nem todas as ações. Destacam-se porém alguns nomes de grande expoente nesta luta, aos quais se segue.


4.    Maçons expressivos no processo de independência do Brasil:
Irm.: D. Pedro de Alcântara
Irm.: José Bonifácio
Considerado Patriarca da Independência, foi Ministro do Reino e dos Negócios estrangeiros, de início colocou-se a serviço de D. Pedro de Alcântara. Foi o primeiro Grão-Mestre da Maçonaria no Brasil, no recém constituído Grande Oriente Brasiliano. Foi padrinho maçônico do príncipe regente D. Pedro de Alcântara.
Irm.: Joaquim Gonçalves Ledo
Editor do Reverbero Constitucional Fluminense, junto com padre Januário da Cunha Barbosa, jornal lançado por eles para divulgar as ideias liberais e libertárias. Foi este o órgão doutrinário da Independência brasileira.
Irm.: Joaquim da Silva Rabelo – “Frei Caneca”
Idealista liberal, partilhou ideais republicanos e frequentou a Academia do Paraiso, um dos centros de reunião influenciados pela Revolução francesa. Conspirava contra o jugo de portugueses. Ativista da Revolução Republicana.
Irm.: Luiz Alves de Lima e Silva – “Duque de Caxias”
Marechal do Exercito, participou nas lutas de independência e na manutenção da ordem pública na capital do Império. Foi grande líder militar nas batalhas de Independência do Brasil.
Irm.: Evaristo Ferreira da Veiga e Barros
Jornalista e poeta, percursor do Romantismo no Brasil, escreveu a letra do Hino da Independência, colaborou com a disseminação dos ideais de liberdade através de seus poemas, sonetos, artigos e hinos.
Irm.: Diogo Antônio Feijó
Sacerdote católico e Estadista. Era defensor da descentralização e de políticas liberais, entrando em conflito com a própria Igreja. Foi o fundador do Partido Liberal.




5.    Conclusão:
Alegro-me em poder rememorar esse grande marco na história de nossa nação, assim como na história de nossa ordem. Seriam necessários vários tomos sobre o tema, e ainda assim, não alcançaria a grandeza nem toda a dimensão que esse episódio merece. Contento-me então em comemorar esse acontecimento com meus irmãos, relembrando de pequenas partes dessa história selecionadas com dedicação. Desculpo-me ainda pelo déficit de muitas informações que não constaram nessa dissertação, em virtude da necessidade de fazer recortes no tema.

Bibliografia:
O Brasil a caminho da Emancipação Política. Disponível em: http://www.culturabrasil.pro.br/encaminhamentoemancipacao.htm
Independência do Brasil e a Maçonaria. Disponível em: http://mictmr.blogspot.com/2005/12/independncia-do-brasil-e-maonaria.html
Independencia do Brasil. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil
A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL. Palestra proferida pelo Ir\ JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE, \, na A\R\L\S\ Pioneiros de Brasília nº 2288, em05/09/2006.
MELO, Mário. A Maçonaria no Brasil.
CÍNTRIA, Assis. Na Margem da História.

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